A ideia de se produzir alimento de forma sustentável está cada vez mais presente quando falamos em meio ambiente.
Falar sobre meio ambiente não é restringir o assunto a proteção dos animais, das florestas e dos oceanos, é ampliar o debate para que ele atinja todas esferas e suas nuances, e a produção de alimentos não poderia ficar de fora, até por que para se proteger a fauna, a flora, buscando garantir a conservação da biodiversidade sem repensar a produção de alimentos, seria um debate em vão, já que a forma que produzimos hoje é uma das principais causas de desequilíbrio.
Acompanhamos tímidos aos debates e desafios de se produzir alimento de maneira sustentável, mas o que isso significa de fato?
O modelo tradicional de se produzir em larga escala já se mostrou ineficaz por diversos motivos, tanto se correu atrás de alta produtividade que o solo foi ficando esquecido, como se este fosse um mero coadjuvante do processo.
A informação de que teremos apenas mais 60 colheitas se continuarmos a produzir alimento da maneira atual vem colocando o solo no seu papel de protagonista de novo, local esse que ele nunca deveria ter saído, diga se de passagem.
Ao trazermos a saúde do solo para o centro do debate na produção de alimentos começamos a acompanhar o movimento de mudança que vem surgindo trazendo opções para uma produção sustentável, atentou se que um solo coberto e saudável armazena e resgata carbono, contribui para uma agricultura menos agressiva em relação ao uso agrotóxicos, o que impacta diretamente no cuidado com as nascentes, é um ciclo onde tudo se comunica e se determina.
Sistemas estão sendo testados, criação de animais em rotação de piquetes, bem estar animal, produção em agrofloresta, agricultura sintrópica, cultivo de sementes nativas, agricultura consorciada para uma produção mais variada garantindo a rotatividade de culturas, controle biológico de pragas ao invés do uso de pesticidas, inseticidas, são muitas as opções para que possamos buscar novas formas de se produzir.
Revisar modelos produtivos faz parte da evolução da agricultura. Quanto tempo mais nosso solo vai aguentar o uso indiscriminado de agrotóxicos? Onde a monocultura nos levaria? Até quando vamos derrubar florestas para criação de gado e produção de grãos? Precisamos repensar isso urgentemente.
Resignificar a produção de alimento e praticar uma agricultura que seja aliada na manutenção e no cuidado com o meio ambiente é único caminho para um futuro próspero.
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